Talvez eu queira por perto tanto quanto eu empurro para longe. Talvez o meu silêncio grite muito daquilo que eu nem posso pensar. Eu nunca soube fazer as coisas do melhor jeito, sempre fiz tudo do meu jeito e, não, ele nunca foi o melhor. Sou inquieta, inconstante e insegura. Não sei calar quando devo e nem falar quando preciso. Apego-me com a mesma facilidade que me decepciono. Confio tanto quanto amo. Egoísta, mimada e fútil, afinal sou mulher. Não sei viver sem amor. Coleciono questionamentos, crio dúvidas, busco respostas e não me conformo com nenhuma delas. Entrego-me por inteira e não me satisfaço com metades. Cada um leva de mim o que é seu por conquista. Desfruto, sem prazer, de uma ansiedade dominante. Acredito no acaso e em Príncipe Encantado. Deslumbrada, sonhadora e infantil. Tenho medo da morte e da solidão. Respiro sentimento e vivo emoção. Faço besteiras e choro no dia seguinte. Não sei fingir e isso me traz problemas. Não sou meiga, embora tenha compostura e polidez. A beleza me atrai, a inteligência me encanta, a sensibilidade me ganha. Extremamente competitiva e ambiciosa. Esqueço de mim por aqueles que amo, ainda que a recíproca seja duvidosa. Sou ciumenta e possessiva, embora disfarce bem. Acredito no amor e não na dependência. Penso em cada palavra a ser dita, acabo escolhendo o silêncio. Prezo por respeito, liberdade e privacidade. Vivo os dias, as pessoas e os amores... Todos de vez, cada um na sua vez.
-----------------------------------------"Só não se perca ao entrar no meu infinito particular."